Olho para a esquerda e para a direita e só vejo letras que me circulam quadrangularmente e contam...
Ao longe vejo a lua redondamente redonda na sua redondeza circular perfeita e a luz funde.
Permaneço acordada na insónia imanente que me persegue e divago sabe-se lá o quê...
Tento alcançar as letras que voam ao meu lado e elas não se deixam apanhar e eu não me deixo vencer.
Remo contra o vento, contra o espaço que me envolve, voo contra o mar, estou perdida!
Sinto a necessidade de voltar à luz original, ao esboço da tua letra.
As comunicações perdem-se pela falta de organização e eu permaneço no tempo indefinido do local incerto.
As letras cercam-me, mas não vejo, a lua volta a reluzir, mas não vejo, fechei os olhos, desisti.
Mas é neste transe, neste momento de fraqueza momentânea que ouvi a música que as letras dentro de mim cantam às letras que me circulam, e oiço o que elas têm para me contar.
Abro os olhos e estas à minha frente e olhas-me estupefacto na dor que te impingi em terra desconhecida, porque afinal não estamos em lado nenhum.
Atravesso a linha imaginária da imaginação imaginativa e aí permaneço de olhos fechados, de fechados olhos...
- Sinto a tua presença, ou o que dela restou, terei voltado atrás?
- Não sei...
- Foi apenas um pestanejar poético?
- Não sei... Diz-me tu.
Ao longe vejo a lua redondamente redonda na sua redondeza circular perfeita e a luz funde.
Permaneço acordada na insónia imanente que me persegue e divago sabe-se lá o quê...
Tento alcançar as letras que voam ao meu lado e elas não se deixam apanhar e eu não me deixo vencer.
Remo contra o vento, contra o espaço que me envolve, voo contra o mar, estou perdida!
Sinto a necessidade de voltar à luz original, ao esboço da tua letra.
As comunicações perdem-se pela falta de organização e eu permaneço no tempo indefinido do local incerto.
As letras cercam-me, mas não vejo, a lua volta a reluzir, mas não vejo, fechei os olhos, desisti.
Mas é neste transe, neste momento de fraqueza momentânea que ouvi a música que as letras dentro de mim cantam às letras que me circulam, e oiço o que elas têm para me contar.
Abro os olhos e estas à minha frente e olhas-me estupefacto na dor que te impingi em terra desconhecida, porque afinal não estamos em lado nenhum.
Atravesso a linha imaginária da imaginação imaginativa e aí permaneço de olhos fechados, de fechados olhos...
- Sinto a tua presença, ou o que dela restou, terei voltado atrás?
- Não sei...
- Foi apenas um pestanejar poético?
- Não sei... Diz-me tu.
05.03.2009
Giggles
Giggles
finalizo a leitura e sorrio!
ResponderEliminarPerfeito. Simples. DIRECTO. apaixonante.
Perfeito.
digamos que é no abstrato que se encontra o que nos passa ao lado. Faz-me lembrar alguem que luta contra a morte. Alguem que luta mas n sabe o porquê. Vê quer mas não consegue alcançar. Muito bom:):P
ResponderEliminarE incrivel .. Como e' qe uma preta como tu .. faz uma coisa tão bonita! ='D
ResponderEliminarAmei, seriously.
Muito bom, mesmo!
Beijo ***
Imagino uma insónia. As luzes dos candeeiros, as sombras dos livros na secretária ou em todo o quarto, porque estão espalhados. Imagino as palavras que saem dos livros, as palavras do próprio dia, as suas palavras, a sua música.
ResponderEliminarO/A teu/tua poeta/iza, a tua personagem de repetições febris, trespassada pelas setas das letras.
Gostei muito =D
Continua, amiga!!!
Beijinhos
Adoramos!
ResponderEliminarEste é o nosso perferido!!
" Não sei... diz-me tu..."
ResponderEliminarDisse-a inúmeras vezes e outras tantas infinitamente ditas não bastarão para saber o que realmente se disse.
Não sei... Diz-me tu... diz-me tu o que pensas, o que sentes, o que inebria e te embebeda, se sorris e vibras com a manhã, com o raiar subtil do dia, com o calor intenso das tardes no verão, com o esvaziar do horizonte no mar perdido, aquando de um vislumbre meu... Não sei ... diz-.me tu se realmente escutas quando ouves, se realmente queres quando reivindicas teus direitos, inexistentes talvez. Não sei. Não sei se entendo, se me esqueço. Não sei se lembro ou sinto. Não sei o que pensas e se o que pensas é importante para mim. Não sei em que ponto sumido nos cruzamos. Não sei se teremos hipótese.
Não sei... diz-me tu...!