As nuvens na sua dança louca são rasgadas pelo vento traiçoeiro e fugitivo, que não se sabe de onde vem e para onde vai.
Em simultâneo, as árvores na sua vénia constante, ora de um lado, ora para outro, mostram respeito aos deuses falsos de quatro rodas que o homem criou.
A rua é iluminada por raios de sol encarcerados em pontas de espadas nuas que em vês de matar dão vida. Não que a morte seja corte de existência, a morte é o momento da existência. E mais não digo pois há coisas que não necessitam de ser explicadas.
O caminho outrora castanho é contaminado pelo negro, pela escuridão. Algo monstruoso eleva-se e rompe o conceito de natureza seguido de muitos outros que cada vez parecem mais, de diferentes formatos, tamanho e cores.
A majestade anterior das nuvens é substituída pela fumaça sabe-se lá de quê, e agora entendo. É o êxodo rural, seja bem-vindo à cidade…
Giggles