quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O Maestro

As nuvens na sua dança louca são rasgadas pelo vento traiçoeiro e fugitivo, que não se sabe de onde vem e para onde vai.
Em simultâneo, as árvores na sua vénia constante, ora de um lado, ora para outro, mostram respeito aos deuses falsos de quatro rodas que o homem criou.
A rua é iluminada por raios de sol encarcerados em pontas de espadas nuas que em vês de matar dão vida. Não que a morte seja corte de existência, a morte é o momento da existência. E mais não digo pois há coisas que não necessitam de ser explicadas.
O caminho outrora castanho é contaminado pelo negro, pela escuridão. Algo monstruoso eleva-se e rompe o conceito de natureza seguido de muitos outros que cada vez parecem mais, de diferentes formatos, tamanho e cores.
A majestade anterior das nuvens é substituída pela fumaça sabe-se lá de quê, e agora entendo. É o êxodo rural, seja bem-vindo à cidade…


Giggles

5 comentários:

  1. Quando as madrugadas caem as sinais parecem escurecer. O ar parece mingar enquanto a lua se veste de nuvens. Um céu oferece o lugar a uma treva, uma treva toda de toda uma dimensão. Cá em baixo rastejam os que nela pensam existir pensando talvez que não cai chuva. Eu também ando cá em baixo...para já. Porque depois da madrugada, o sol sempre recuperou o céu. E nessa altura, talvez te veja de uma perspectiva superior onde tudo pareça maior.

    Espero continuar a ver-te subir depois das nuvens, arranhar a madrugada com as palavras que fazem de ti alguém justo de existir...
    Porque sei que cada vez mais o sol do futuro te parece mais familiar :)

    ResponderEliminar
  2. gostei do que li.. força ai
    Deus te abençoe

    ResponderEliminar
  3. bem como é possivel um ser humano só escrever palavras simples palavras nada mais que palavras. mais quando lemos essas simples palavras vemos uma beleza incomparavel vemos palavras que nos levam a pensar tão profundamente que nem sabemos o que estamos a pensar perdemonos em tamanha grandeza de pensamento. :) continua a escrever assim e faço um livro so teu.
    pedro H.

    ResponderEliminar
  4. o sol nasce pra todos mais nem todos o podem ver . cabe a nós os que vêem indicar a beleza do sol para que um dia eles possam ver tambem.
    pedro H.

    ResponderEliminar
  5. Sem palavras! :O :') A Martinha vai imprimir isto e discutir isto contigo, presencialmente. Não te parece um bom pretexto para tomarmos um café? ;)
    Ainda hei-de descobrir o que significa o maestro. ;) Por acaso, é engraçado. Cumprimentei-o noutro dia. :)
    Lindo, lindo, lindo e continua. Uma pessoa lê o teu texto e fica sem palavras, depois lê o comentário do Saint Broken, e tem medo de fazer figura de urso. Também já não sei o que comentar, mas vou lendo-o várias vezes, para o conhecer melhor. :)

    Adoro-te miúda =D
    Martinha

    ResponderEliminar